Sobre o livro: 2013 / As histórias de Alekhine tendem a formar um único texto, assim como as bolas de mercúrio tendem a formar uma poça venenosa. Ter um dia uma coleção de suas obras em uma estante significará ter pelo menos uma vida humana registrada de maneira sensual e precisa. Não há nada em comum com Proust aqui; Alekhine é um planeta polar e espinhoso. Ele é patologicamente incapaz de mentir. Ele sente que deve ser capaz como escritor, mas sempre chega à verdade. Esta é a voz sincrônica do herói e do autor, que deixará de existir se não desnudar a consciência. O leitor de Alekhine é seu Juízo Final. Qualquer coisa pretensiosa é ridicularizada, a pele é arrancada. É por isso que uma percepção tão nítida e trágica da realidade, a experiência da vida russa moderna como o Purgatório.